Considerado um dos locais do mundo no qual a cultura de arcades ainda é consideravelmente forte, o Japão também tem testemunhado o fechamento de muitos centros dedicados a máquinas do tipo. Segundo uma análise do Teitoku Databank, mais de 8 mil estabelecimentos do tipo fecharam no país somente na última década.
O estudo mostra que isso não é fruto somente de um desinteresse do público, que tem optado mais por “jogos de guindaste” graças aos prêmios que eles oferecem. Questões como aumentos no custo da eletricidade, elevações de taxas de consumo e de taxas para a conversão de moedas também influenciaram na situação.
Os arcades que ainda sobrevivem precisam se adaptar aos novos jogos de guindaste, o que traz consigo os custos de aquisição dessas máquinas e aumentos no valor dos prêmios oferecidos. O Teitoku Databank estimua que, de cada 100 ienes gastos pelo público, a margem de lucro de um estabelecimento do tipo é de somente 6 ienes (R$ 0,20).
Arcades estão em decadência há décadas
Apesar de o Japão ser visto por muitos como um “lugar de resistência” para os arcades, eles estão em declínio há décadas. Uma reportagem de 2021 do Japan Times já tratava desse assunto, afirmando que, em 2019, havia somente 4.022 estabelecimentos do tipo no país — número que se tornou ainda menor após a pandemia do COVID 19.
No auge da moda dos chamados “centros de games”, em 1986, havia pelo menos 26.572 deles espalhados pelo território. Entre aqueles que ajudaram a sustentar os negócios durante um tempo considerável estava a SEGA que, em 2022, vendeu seus negócios para a Genda Inc e teve sua icônica marca retirada da popular Akihabara.
Enquanto empresas como a Capcom ainda lançam jogos pontuais para arcades, o mercado em geral está bastante direcionado para o mundo dos consoles e PC. Com isso, os lançamentos para o segmento estão se tornando cada vez mais pontuais e apostam em recursos como conectividade online para atrair um público que é fiel, mas se torna cada vez menor.
Via : Adrenaline